quarta-feira, 23 de maio de 2012

Inquérito deve ser remetido à Justiça até a próxima sexta

Marco Carvalho - repórter

O inquérito que apura as circunstâncias do duplo homicídio registrado no bairro de Nova Parnamirim deverá ser remetido à Justiça até a próxima sexta-feira. Olga Cruz de Oliveira Lima e a sua filha, Tatiana Cristina Cruz de Oliveira Lima, foram assassinadas há duas semanas dentro de casa. O jardineiro João Batista Caetano Alves confessou a autoria dos crimes e está preso preventivamente. Além dele, a sua companheira, Marlene Eugênio Gomes, também está detida por suposta participação. Como existem suspeitos detidos, é responsabilidade da autoridade policial remeter o inquérito à Justiça em até 10 dias após a decretação da prisão. Isso não impossibilita, no entanto, que novas diligências ocorram após esse período.
Adriano AbreuJoão Batista Alves está preso e inquérito tem que ser remetido à justiça até o fim desta semanaJoão Batista Alves está preso e inquérito tem que ser remetido à justiça até o fim desta semana

"O prazo acaba domingo, mas para não perder os prazos, acredito que o inquérito será remetido à Justiça já na próxima sexta-feira", informou o delegado Correia Júnior, que auxilia o andamento das investigações. A remessa do inquérito à Justiça não deve ser empecilho para que as autoridades policiais acrescentem informações ao processo posteriormente. Exemplo disso é a reconstituição do duplo homicídio, já confirmada pelos delegados responsáveis pela investigação.

Os passos de João Batista Caetano Alves e Marlene Eugênio Gomes serão refeitos dentro da casa de número 464, na rua Antônio Lopes Chaves. O recurso da reprodução simulada a ser utilizado pela polícia tem como objetivo desfazer divergências em depoimentos de João Batista e Marlene.  Em depoimento, o jardineiro confessou a autoria dos assassinatos e disse ter contado com auxílio indireto da companheira. A mulher nega ter ajudado João Batista e diz que chegou a tentar defender as vítimas dos ataques em fúria do marido. 

A Polícia Civil solicitou a presença de peritos criminais do Instituto Técnico-científico de Polícia (Itep). Ainda não há data definida para a reprodução simulada ocorrer. "Já houve a solicitação ao Itep. Estamos aguardando a resposta", disse o delegado Correia Júnior, que auxilia o andamento do inquérito.

João Batista confirmou a participação indireta de Marlene nos crimes. Segundo ele, a mulher chegou a segurar a filha de Tatiana e facilitava as suas ações de violência. O jardineiro acrescentou que Marlene chegou a bater na menina para que ela não reagisse ao que estava vendo. Além da cena do crime, na casa em Nova Parnamirim, a reconstituição pode se estender ao local onde foi abandonada a arma dos assassinatos. Em depoimento, João Batista disse que jogou a faca em um rio no bairro das Quintas, zona Oeste de Natal. A polícia realizou diligências no local, mas não encontrou a arma branca. 

Defesa

Além de João Batista e Marlene, também está presa preventivamente Danúzia Freitas Valcácia. Ela foi autuada em flagrante por receptação e a sua participação no duplo homicídio está sendo investigada. Na casa alugada por ela em São Gonçalo do Amarante 10 dias antes dos assassinatos, foram encontrados os eletrodomésticos e outros objetos roubados da casa de Tatiana e Olga. Nessa residência a polícia prendeu o jardineiro e a sua companheira. Contra Danúzia também recai as acusações de que ela sacou R$ 500 da conta bancária das vítimas. João Batista relatou que conseguiu a senha da conta mediante tortura contra Tatiana Cruz. O advogado Carlos Bráulio Alamintos já foi constituído como defensor de Danúzia . "Acabei de ter acesso aos autos e estou avaliando as informações", informou ontem à tarde o advogado.



Fonte: Tribuna do Norte

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