Adriano AbreuRede Cegonha observa também as condições de serviço oferecidas para os recém-nascidos
Apesar desse maior controle apontado pela Sogorn, Maria do Carmo afirma que os municípios devem aderir ao programa Rede Cegonha para receber incentivos do Estado. As Prefeituras tiveram até o último dia 5 de maio para apresentarem projetos mostrando a destinação que iriam dar aos recursos para combater o problema. No Rio Grande do Norte apenas dois municípios - Tenente Laurentino Cruz e Santana do Seridó - tiveram seus projetos aprovados e receberam os recursos. No Brasil, 59 municípios de nove Estados aderiram à Rede Cegonha.
Nos dados gerais do Brasil verifica-se uma queda recorde nos números de mortes maternas em 2011, segundo o Ministério da Saúde. Entre janeiro e setembro do ano passado, foram contabilizados 1.038 óbitos decorrentes de complicações na gravidez e no parto, o que representa queda de 21% em comparação ao mesmo período de 2010, quando 1.317 mulheres morreram por estas causas.
A Rede Cegonha foi lançada em março de 2011 e já atende mais de 1.800 municípios do país. Destinando investimentos federais R$ 2,5 bilhões para qualificar a assistência à mulher e ao bebê. Com pouco mais de um ano, a iniciativa já atende 36% das gestantes no Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as melhorias, o avanço no acesso das mulheres às consultas de pré-natal - em 2011, mais de 1,7 milhão de mulheres fizeram no mínimo sete consultas pré-natais.
"Essa conquista é muito importante para o país, mas o desafio ainda existe. Nosso esforço é para impedir mortes maternas evitáveis, em parceria entre o governo federal, os estados e os municípios. A Rede Cegonha é uma importante aliada da mulher, pois oferece cuidados integrais à saúde da mulher e da criança", destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a apresentação dos dados, ontem (25), em videoconferência do Ministério da Saúde com as Secretarias Estaduais de saúde.
ESTRATÉGIA
A Rede Cegonha busca assegurar e prevê a expansão e qualificação de maternidades; leitos; Centros de Parto Normal; Casas da Gestante, do Bebê e Puérpera; o direito ao acompanhante no parto; exames de pré-natal; planejamento familiar, acompanhamento das crianças até os 2 anos de idade, entre outras ações. Todos os estados aderiram à Rede.
Rede tem que assegurar direitos
A coordenadora estadual de Planejamento e Controle de Serviços de Saúde, Terezinha Rego, explicou que a Rede Cegonha consiste numa rede de cuidados que visa assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento saudáveis.
"É preciso definir as unidades que irão realizar o pré-natal de baixo risco e associar à unidade hospitalar/maternidade que irão realizar o parto", afirmou Terezinha Rego, para estimar que 15% das mulheres gestantes de alto risco necessitam de cuidados especiais: "As mulheres têm que ter como referência uma unidade hospitalar/maternidade que disponha de leitos de UTI adulto e neonatal".
"O Plano de Ação consiste no registro das atividades estratégicas, suas metas qualitativas e quantitativas com as respectivas programações física e financeira, de acordo com as ações descritas na portaria do Ministério da Saúde", disse ela.
Além disso, ela afirmou que "é fundamental a suficiência de leitos obstétricos e neonatais de acordo com as necessidades regionais, acesso ao pré-natal de alto de risco em tempo oportuno, vinculação da gestante desde o pré-natal ao local em que será realizado o parto".
Para ela, também é importante a realização de "acolhimento com classificação de risco nos serviços de atenção obstétrica e neonatal e acompanhamento da puérpera e da criança na atenção básica com visita domiciliar na primeira semana após a realização do parto e nascimento".
Fonte: Tribuna do Norte
0 comentários:
Postar um comentário