sábado, 9 de junho de 2012

Reconstituição de mortes de mãe e filha será dia 12

A Polícia Civil e o Instituto Técnico-científico de Polícia (Itep) irão conduzir durante a próxima semana a reconstituição dos assassinatos de Olga Cruz de Oliveira Lima e Tatiana Cristina Cruz de Oliveira Lima. A chamada "reprodução simulada" dos crimes está marcada para ser iniciada na próxima terça-feira, podendo se estender até a quinta-feira. O jardineiro João Batista Caetano Alves, assassino confesso das mulheres, será reconduzido à rua Antônio Lopes Chaves, no bairro de Nova Parnamirim, onde ocorreram as mortes. A sua mulher, Marlene Eugênio Gomes, também participará da reconstituição. 
Adriano AbreuO jardineiro João Batista Caetano Alves é assassino confesso de Olga Cruz e Tatiana CristinaO jardineiro João Batista Caetano Alves é assassino confesso de Olga Cruz e Tatiana Cristina

O objetivo da polícia é desfazer contradições apontadas nos depoimentos de Marlene e João Batista. A filha de Tatiana Cristina, uma criança de 10 anos de idade, que testemunhou toda a realização dos crimes, não estará presente. O inquérito do caso conduzido pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), em Parnamirim, já foi encerrado e remetido à Justiça. Os resultados da reconstituição poderão ser incluídos pela polícia nos autos do processo posteriormente. 

A reprodução simulada pode marcar o desfecho da investigação conduzida pela delegada Patrícia de Melo Gama, titular da Deam. Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE durante a manhã de ontem, ela disse que não apura novas linhas de investigação quanto aos assassinatos das mulheres. Em depoimento, João Batista confirmou a participação ativa de Marlene Eugênio nos assassinatos, enquanto a mulher negava essa versão.

Detalhar como ocorreram as mortes, marcadas por tortura e crueldade, é objetivo dos investigadores. Ontem, o duplo assassinato completou um mês. Uma semana após o registro das mortes, João Batista e Marlene foram presos pela Polícia Civil em São Gonçalo do Amarante. Danúzia de Freitas Valcácio também está presa por ter sacado dinheiro da conta bancária das vítimas, um dia após as senhas terem sido alcançadas mediante tortura pelo jardineiro e a sua mulher.

O caso ganhou repercussão em face das torturas praticadas contra as mulheres. Olga Cruz foi vítima de mais de 50 facadas desferidas por João Batista A filha de Olga, Tatiana, foi atacada e torturada para que repassasse dados bancários. A residência de número 464 teve eletrônicos e eletrodomésticos roubados no carro da família. A polícia deu início às investigações depois que descobriu os corpos um dia após os crimes. A filha de Tatiana também foi alvo de violência por parte do casal que chegou a tentar matá-la. 

João Batista, Marlene e Danúzia tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça e encontram-se detidos. Há registros de que o jardineiro e a sua mulher tem sofrido constantes ataques por companheiros de cela que se indignaram com a crueldade praticada pelo casal. A violência chegou a motivar a transferência deles das unidades prisionais em que se encontravam detidos.



Fonte: tribuna do norte

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